Por Arquiteta Danielle Stern
Plantas transformam ambientes: trazem frescor, vida, ajudam na qualidade do ar, e ainda cumprem papel de decoração. Se você mora em apartamento ou tem ambientes internos pouco propícios para floreiras externas, fazer a escolha certa de espécies faz toda a diferença.
Com base em luz, frequência de rega, segurança (crianças e pets) e estética, você vai ver 07 ótimas opções para dentro de casa. Incluindo dicas práticas e conceitos de paisagismo para que as plantas não sejam só “objeto decorativo”, mas parte de um ambiente com equilíbrio.
Antes de simplesmente “comprar” a planta, pense nestes fatores:
Se você seguir esses critérios, as chances de “dar certo” são muito maiores.
A Jibóia, é originária das Ilhas Salomão. É considerada uma das plantas purificadoras do ar. Quando ela é plantada perto de troncos de árvores ou palmeiras, ela se enrosca no tronco e seu crescimento pode ser tão vigoroso que ela pode acabar ‘estrangulando o caule, daí seu nome popular: Jibóia.

Por que escolher: É uma planta pendente, muito usada em vasos suspensos ou estantes altas e fácil de cultivar.
Luz: Sombra ou luz indireta; evita sol direto intenso.
Rega: Regular, cerca de 2-3 vezes por semana (no original). Atenção: se o ambiente for mais escuro, regas menos.
Dica prática: Se notar folhas “apagadas” ou sem aquele brilho, avalie se está recebendo luz suficiente ou se o solo está encharcado. Folhas maiores aparecerão se a planta tiver luminosidade adequada.
Melhor lugar: Lavabos, prateleiras suspensas, estantes de canto, apartamentos onde há janelas, mas sombras no restante.
Nota paisagismo: Uma planta pendente como essa ajuda a “preencher” o espaço vertical sem ocupar tanto o chão — ótima em ambientes pequenos.
De origem africana, a Espada de São-Jorge ou Dracaena trifasciata, é forte como o próprio nome.

Por que escolher: Visual moderno, “limpo”, ajuda bastante em decorações minimalistas. Além disso, é bastante resistente.
Luz: Pode tolerar sol pleno ou meia-sombra.
Rega: Pouca — por exemplo, uma vez a cada 15 dias no caso citado.
Dica prática: Evite encharcar. Como folha é rígida, a planta avisa se está muito molhada (folhas moles ou manchas).
Melhor lugar: Quarto, sala de estar com pouco movimento, canto de varanda envidraçada.
Atenção pets/crianças: É tóxica se ingerida, então cuide da posição.
Nota paisagismo: Quando você tem um espaço vertical ou canto “vazio”, uma planta de crescimento vertical como essa pode “ancorar” o arranjo verde.
Originária das regiões tropicais da Oceania, a palmeira leque ou Licuala grandis, é uma espécie de pequeno porte de beleza excêntrica.

Por que escolher: Folhas grandes, visual tropical elegante — dá aquela “sensação de trópico” dentro de ambientes fechados.
Luz: Prefere sol intermediário ou pleno; não gosta de vento.
Rega/Manutenção: Remova folhas velhas/secas. Fertilize nas estações quentes. Revasar a cada 2 anos recomendado.
Melhor lugar: Área de estar mais ampla, varanda fechada, hall de apartamento.
Nota paisagismo: Uma palmeira grande “preenche” visualmente o ambiente e pode funcionar como peça central verde. Apenas garanta que o local comporte seu porte e que não “batam” nas folhas móveis ou circulação.
A Monstera deliciosa é uma trepadeira e, em jardins, é bastante usada em muros ou troncos de árvores. Mas se adapta superbem a ambientes internos e fica linda em vasos. Adulta, a planta dá até flor, que depois se transforma em um fruto comestível, daí o nome científico.”

Por que escolher: Muito popular por seu visual: folhas grandes com fendas. Traz “natureza exuberante” ao ambiente interno.
Luz: Meia-sombra, mas com boa luminosidade, evitar sol direto forte. Luz insuficiente gera folhas sem as fendas, que são parte do charme.
Rega: Manter o solo úmido, porém sem encharcar. No original: “duas vezes por semana” num ambiente adequado. Atenção: folhas amarelando podem indicar excesso de água.
Melhor lugar: Sala de estar ampla, próximo a janelas, ambientes que permitam crescimento.
Nota paisagismo: Um destaque em textura e escala, vale planejar altura, suporte ou tutor caso suba ou trepe.
Com origem na África, suas folhas são rústicas, muito brilhantes e de cor verde escura. As plantas podem chegar a um metro de altura, das em vasos
Ela não necessita de cuidados específicos e apresenta crescimento lento. No entanto, é necessário tomar cuidado, a planta Zamioculca, é considerada tóxica se ingerida. Por este fato, é muito importante mantê-la longe de crianças e animais domésticos.
Não necessita de regas frequentes. Cultivada num vaso compatível com o seu porte, pode ser regada duas vezes por semana
Ficam bem em interiores de maneira geral, como quartos, escritórios, entre outros.

Por que escolher: Excelente para ambientes com baixa luminosidade. Folhas duras e resistentes, visual elegante.
Luz: Baixa luminosidade, sombra total inclusive.
Rega: Muito pouca — crescimento lento, vaso compatível, cerca de duas vezes por semana no ambiente adequado (mas se sombra total, talvez menos).
Melhor lugar: Escritório, corredor sem janela, quarto com janela pequena.
Segurança: Planta tóxica se ingerida — atenção com pets e crianças.
Nota paisagismo: Ideal para preencher “buracos verdes” onde outras plantas por luz ou manutenção não dariam certo.
Dracena Pleomele de origem africana, é uma planta tropical muito resistente. Você pode encontrar esta planta com as folhas verdes ou em duas versões de variegata: com folhas em tom de creme e verde ou verde com verde limão. Pode atingir de 2 a 3 metros de altura

Por que escolher: Visual interessante com variedade (versões variegadas), também ajuda na qualidade do ar.
Luz: Luz indireta ou meia-sombra; pode tolerar sol pleno, mas cuidado em regiões muito quentes.
Rega: Solo bem drenado, fertilizante a cada 15 dias durante inverno e verão (segundo original) – vale adaptar à sua rotina de casa.
Melhor lugar: Sala, varanda fechada, ambientes de transição.
Nota paisagismo: Versão variegata pode dar destaque com contraste de folhas — bom quando você já tem predominância de verdes e quer “variedade”.
Também conhecida como babosa-de-pau, encontrada aos montes em regiões cobertas pela Mata Atlântica (SP, RJ e no PR)

Por que escolher: Espécie nativa brasileira, com folhas largas, espessas e brilhantes, que dão um toque tropical e sofisticado aos ambientes internos. É resistente, escultural e de manutenção simples — perfeita para quem quer presença verde sem muito trabalho.
Luz: Meia-sombra ou luz indireta. Tolera sol suave no início da manhã, mas deve ser protegida do sol direto intenso.
Rega: Manter o solo levemente úmido, regando cerca de 1 vez por semana. Evite encharcar e borrife água nas folhas se o ar estiver seco.
Melhor lugar: Salas e varandas cobertas com boa claridade natural. Fica linda em vasos de piso ou cachepôs baixos, onde as folhas fiquem à altura dos olhos.
Nota paisagismo: Excelente para criar volume e destaque visual. Em composições, funciona bem como ponto focal entre plantas menores ou de folhagem mais leve, equilibrando textura e densidade no ambiente.
Altura e profundidade: Misture plantas altas (como a espada de São-Jorge ou a palmeira-leque), médias (monstera, dracena) e pequenas (calathea, aglaonema). Isso cria “camadas” de verde, dando profundidade.
Textura e cor: Folhas grandes e simples + folhas decorativas com padrão + flores sutis criam dinamismo.
Luz cruzada: Se possível, coloque as plantas mais exigentes de luz junto de janelas, enquanto as de sombra ficam mais no interior.
Piso vs suspensas: Use vasos no chão para as maiores, suportes ou prateleiras para plantas pendentes ou menores (como jibóia).
Manutenção agrupada: Escolha um dia da semana para “olhar o conjunto”: verificar rega, folhas secas, mudar vaso se necessário.
Integração com o décor: Vasos com tons neutros ou texturas naturais (argila, cerâmica, juta) valorizam as plantas. Combine com estilo do ambiente.
Escolha espécies adaptadas ao clima do local. Mesmo em apartamento, a “micro-clima” importa: calor, ventilação, luz.
Use substratos de boa qualidade e vasos com boa drenagem para evitar excesso de água (grande causa de falhas).
Agrupe plantas com necessidades semelhantes para evitar confusão de rega.
Limpe folhas, retire folhas mortas, além de ajudar na estética, impede pragas ou fungos.
Use adubação leve 1-2 vezes ao ano, menos é mais.
Aproveite a contribuição das plantas para conforto térmico e qualidade de ar: menos luz direta, mais sombra, maior umidade relativa, segundo Cardim, são benefícios reais.
Escolher plantas para dentro de casa vai muito além de “achar bonita”. Ao pensar em luz, espaço, manutenção, segurança e estilo, você transforma o verde em um elemento de bem-estar. Com as 07 opções acima, você tem um leque variado, para diferentes ambientes e cuidados, você garante que as plantas realmente fiquem saudáveis, bonitas e funcionais.
Projeto Mobiliando. Decoração para todos #de_coração para você